terça-feira, 24 de fevereiro de 2015



Muitas vezes a gente vive situações que nos fazem lembrar outras já vividas e que foram divertidas, engraçadas, emocionantes e às vezes até tristes. E, como diz minha sobrinha Paula, cada vez que tiro do saco uma delas: “hahahaha, tia Biga e suas historinhas”. Como gosto de cozinhar e inventar comidinhas e, é lógico, receber gente em casa, estas histórias na maioria das vezes estão ligadas a momentos passados numa cozinha. Daí o nome do blog Mas desde já fiquem sabendo que não vou entupir a vida de vocês com receitas cheias de “frescuretes” e temperos impossíveis de se encontrar no armazém da esquina. E aí vai a primeira historinha que me lembrei por causa de um papo com Leonora, no face book sobre pastel de forno ou empanada. Disse a ela que tinha feito a observação sobre a diferença entre os dois porque tenho horror destas coisas de chamar alhos por bugalhos:CUSCUZ MARROQUINO A LA FAÇON DU SERGIPE!Tínhamos ido fazer um passeio na Ilha do Sapo ( que não é ilha!!!) quando passei por um placa que dizia:”Vende-se cordeiro Santa Inês” – uma raça apreciadíssima pelos entendidos. Não resisti e decidi entrar. O cordeiro ainda nem tinha sido congelado e estava todo já corado em pedaços grandes. Não hesitei. Comprei na hora.  Chegando em casa, com o cordeiro decidi fazer um cuscuz marroquino , que meu marido Frances adora. Por acaso tinha em casa uma cx de “semoule”, as verduras necessárias. Tinha até o grão de bico para deixar de molho. Só sai para comprar harissa (pimenta árabe)numa loja que tinha por lá. Botei as carnes de molho e etc ...Tudo pronto- cordeiro, legumes, molho- fui preparar o cuscuz. Quando abri a caixa... estava cheia de caruncho. Que fazer?  Sabia que em Aracaju tinha uma delicatessen onde eu poderia encontrar a semoule. Era Domingo, quase duas horas da tarde. A loja ia fechar em breve, Pedi a Robert que fosse lá correndo. Tinha convidados para almoçar. O que ia fazer? Ele saiu as pressas e pouco depois me telefonou:. A Loja estava fechada. Dei outra sugestão e ele, tranquilamente me disse: sabe que dia é hoje?  E completou – Sete de Setembro.Por uns segundos fiquei paralisada. Então, disse a ele, entre em qualquer birosca, boteco, padaria, portinha- o que for- e me traga cuzcuz de MILHO- prato oficial de Aracaju.E assim, eu batizei meu prato do almoço de Cuscuz Marroquino a La façon du Sergipe. Foi um sucesso. Chamei bugalhos por alhos.  

sábado, 21 de fevereiro de 2015